A guerra entre os sexos
nem a favor nem contra (antes pelo contrário)
Sem querer fazer qualquer tipo de suposição acerca da qualidade desta nova publicação, aqui vai um excerto daquilo que esta nos traz de novo:
Portugal é daqueles países que onde quer que se vá para fazer programas culturais sobre as terras, há sempre hipótese de se ouvir:
Ás vezes acho que tudo o que acontece, acontece de propósito. Podemos é não gostar do propósito com que acontece.
Sem fazer referência a qualquer tipo de gosto partidário, ou sequer publicidade/campanha contra ou a favor de qualquer candidato à Presidência da República, vou escrever este post porque ontem fiquei a conhecer, pela primeira vez, a poesia de Manuel Alegre.
Eu sempre disse em tom meio brincalhão meio a sério que o melhor que o Manuel Alegre poderia ter feito era ter-se dedicado por inteiro à poesia (era esse e o Francisco Louça, que deveria ter ficado pelas aulas…). Sem ter pretensões de ser levada a sério, hoje em dia acredito que ele estaria melhor servido se seguisse os meus conselhos. Acho que há qualquer coisa de incompatível entre ele e a política. Ou então é uma magia que se perde. O que quer que seja, acho que está mal empregue!
Fora isso, antes de escrever o post, fiz questão de confirmar, googliamente, que o pedaço do poema que tinha encontrado era mesmo dele, não fosse cometer algum erro crasso e passar por parva (ainda mais) no blog. Ao confirmar, deparei-me com um pequeno texto identificativo do poeta que dizia o seguinte: “Poeta e ficcionista. A sua poesia está eivada de uma grande musicalidade e por ela perpassa a sua atitude socialmente interventiva.”
Posto isto, agora sim, o extracto:
“…a ilha perfumada das tuas pernas
o teu ventre de conchas e corais
a gruta onde me esperas
com os teus lábios de espuma e salsugem…”
Não resisti… sim, muito socialmente interventiva…
PS: Todas as referências a Manuel Alegre, foram claramente manipuladas por mim…