segunda-feira, janeiro 30, 2006

E agora, mais uma forma de aniquilar a existência humana (e outra qualquer...)

Tive um fim de semana bom. Mais do que isso, aliás muito mais, mas pronto, foi um bom supremo. Fora isso, na treta com o pessoal, fiquei a saber de umas notícias que andam por aí a circular sobre a existência de uma nuvem de poeira cósmica que supostamente se dirige para o Sistema Solar e acabará por engolir o nosso planeta num prazo de oito anos, ou seja, chegaria cá por volta de 2014. Ora a possibilidade de ver a probabilidade que tenho de vir a ter um futuro drasticamente reduzida, deixou-me pensativa. Depois de ter pensado (uma coisa de segundos...) cheguei à conclusão de que caso fosse verdade, todas as minhas preocupações iriam, naturalmente, esfumar-se. Tendo em conta que grande parte da minhoquice que ocupa o meu pensamento está inequivocamente relacionada com o meu futuro profissional e o sonho de vir a ter um que seja na minha cabeça decente, dizerem-me uma coisa destas é no fundo bom. E porquê? Porque oito anos não é tão pouco tempo que seja necessário aproveitar a vida em três dias ou três horas, mas é tempo suficiente para cometer loucuras mais espaçadas e variadas, permitindo uma janela de vida em que o desperdício a que voto os meus dias seja visto com uma perspectiva algo alterada.


Agora numa nota completamente diferente, e porque eu fiz questão de googliar este assunto para saber se podia começar já a fazer o saco para me por na alheta, ou pelo contrário, devia era continuar a percorrer os classificados, descobri que esta Nuvem do Caos que "dissolve tudo o que encontra em seu caminho, incluindo cometas, asteróides, planetas e estrelas inteiras", é pura treta. Infelizmente, é mas é coisa de gente sem nada para fazer (podia, portanto, ser uma coisa minha...) que começou a ser espalhada, desconfio eu, por pessoal que sonha com desculpas que justifiquem a decadência psicológica e física na qual se sentem cada vez mais acomodados*.



* Eu diria que muita gente se insere nesta categoria, e não estou a falar necessariamente de pessoas que passam o dia enfiadas em casa a viver à custa dos outros, ou seja, não estou só a falar de mim.