O último post sobre a fisioterapia enquanto ela ainda decorre
Muitas coisas mudaram, muitas acabaram bruscamente, outras começaram e o mais difícil é ver que eu fiquei sempre na mesma. Às vezes parece que o tempo me passou ao lado, e que agora, finalmente, vou voltar a ter o poder da decisão nas minhas mãos, o poder de decidir em todas as áreas da minha vida.
Poderia até dizer que, nalguns aspectos, viver a passagem do tempo deitada na minha cama foi uma mais valia para não ter de iniciar ou terminar algum qualquer processo doloroso. Mas acima de tudo é tempo que não vou recuperar. Ou então é tempo que vivi de uma forma muito especial. Acho que tive sorte. Acho que é com sorte que abandono a fisioterapia, é com sorte que o faço com apenas 20 sessões de tratamento.
A decisão foi minha. Apercebi-me de que se quisesse continuar bastaria ter dito que não me sentia segura da recuperação que estava a fazer. Não sei se teria sido melhor. O tempo dirá. Em vez disso preferi acreditar nas palavras do médico e confiar que a partir dali não ia evoluir muito mais, o resto seria "trabalhar os músculos".
Prefiro acreditar que as dores que ainda sinto são "dores residuais", que consigo "calar" se andar devagar. Prefiro acreditar que o tornozelo vai acabar por se compor, que os inchaços deste fim-de-semana foram "ossos do ofício" e que a única lembrança que vou ter desta luxação vai ser uma lembrança e não uma amostra física.
Esta quarta-feira acaba. Mais do que acabar uma longa série de posts, acaba a minha ajuda exterior. Agora escolhi continuar sozinha, espero beneficiar disso, tanto eu como a carteira dos meus pais.