sexta-feira, outubro 14, 2005

A fisioterapia dos outros

A pior parte de conhecer o interior do ginásio numa base diária é conhecer as caras de quem nunca vai escapar a uma cadeira de rodas. Há dias de gosto pela certeza de que se é tratado bem, de que faz parte da rotina, dos amigos que se fazem. Há outros de desânimo pela certeza de que nunca se vai dizer adeus.
Mas o que mais marca são palavras como:
"- Há pessoas que gostam de vir para cá. Eu não.
- Porquê?
- Porque nunca me vou embora, e porque se não viesse era sinal de que não precisava."