Uma confissão muito fraquita...
É verdade, fui apanhada com as calças na mão. Tentei fugir com o rabo à seringa e fui apanhada com a boca na botija. A peneira não foi suficiente para tapar o sol. A minha confissão é a seguinte:
Apaguei um post! Apaguei um post depois de o ter publicado e deixei que ele permanecesse por mais ou menos cinco minutos no blog. Não me senti muito bem com isso e estou a tentar remediar o mal. Isso e o facto de terem lido o post antes de eu o apagar.
É daquelas coisas, escrevi porque tinha uma ideia rebuscada na cabeça e, como tantas outras vezes achei que desenvolvendo-a podia chegar a um lugar que gostasse. Não gostei. Efectivamente não achei piada nenhuma e foi tão puxadito que até diria que mandei pelos ares o meu relativismo e defini demasiado as margens. Não gostei do resultado, mas achei que o devia publicar porque tinha um fundo de verdade. Fui lavar os dentes. Fui lavar os dentes e estraguei tudo. Enquanto escovava para trás e para a frente a dentição do lado esquerdo, maxilar superior, atingiu-me um raio de sanidade e disse de mim para mim, porque não dava jeito falar alto: "Que porcaria, vou mas é apagar aquilo antes que alguém veja...". E apaguei. Só que leram, e eu fui frustrada nos meus intentos de passar despercebida a nódoa do post que tinha escrito e agora estou aqui a fazer um ainda pior para salvar a minha honra, mais perante a minha pessoa do que outra coisa qualquer.
O assunto era a blogosfera e a razão porque as pessoas criam e mantêm blogs. O objectivo final do post era demonstrar que a maioria das pessoas, se não todas, cria blogs porque na realidade este revela-se como uma oportunidade de seguir linhas de raciocínio até ao fim. Linhas de raciocínio que, expostas numa interacção verbal com alguém são facilmente interrompidas, deturpadas, discutidas. Deste modo, a blogosfera surge como um local onde, para além de podermos exibir o nosso orgulho relativamente ao poder da nossa escrita, podemos igualmente exibir um egoísmo latente em ter a palavra até ao fim. Sim, porque embora possa ser contestada, depois de escrita a nossa palavra está dita. Explicado da forma que melhor conseguimos ou quisemos, os outros que por acaso a lerem, irão ter de levar com ela assim.
Por entre muitas outras palavras eu tinha escrito mais papaias. No fundo, este post serve a minha consciência. Como não era um assunto pessoal, como não foi um desabafo momentâneo que posteriormente tivesse desejos de não voltar a ler, mas antes um sentimento podre de falta de qualidade na escrita decidi que era melhor remediar o meu erro. Isso e o facto de ter sido apanhada, claro.
Apaguei um post! Apaguei um post depois de o ter publicado e deixei que ele permanecesse por mais ou menos cinco minutos no blog. Não me senti muito bem com isso e estou a tentar remediar o mal. Isso e o facto de terem lido o post antes de eu o apagar.
É daquelas coisas, escrevi porque tinha uma ideia rebuscada na cabeça e, como tantas outras vezes achei que desenvolvendo-a podia chegar a um lugar que gostasse. Não gostei. Efectivamente não achei piada nenhuma e foi tão puxadito que até diria que mandei pelos ares o meu relativismo e defini demasiado as margens. Não gostei do resultado, mas achei que o devia publicar porque tinha um fundo de verdade. Fui lavar os dentes. Fui lavar os dentes e estraguei tudo. Enquanto escovava para trás e para a frente a dentição do lado esquerdo, maxilar superior, atingiu-me um raio de sanidade e disse de mim para mim, porque não dava jeito falar alto: "Que porcaria, vou mas é apagar aquilo antes que alguém veja...". E apaguei. Só que leram, e eu fui frustrada nos meus intentos de passar despercebida a nódoa do post que tinha escrito e agora estou aqui a fazer um ainda pior para salvar a minha honra, mais perante a minha pessoa do que outra coisa qualquer.
O assunto era a blogosfera e a razão porque as pessoas criam e mantêm blogs. O objectivo final do post era demonstrar que a maioria das pessoas, se não todas, cria blogs porque na realidade este revela-se como uma oportunidade de seguir linhas de raciocínio até ao fim. Linhas de raciocínio que, expostas numa interacção verbal com alguém são facilmente interrompidas, deturpadas, discutidas. Deste modo, a blogosfera surge como um local onde, para além de podermos exibir o nosso orgulho relativamente ao poder da nossa escrita, podemos igualmente exibir um egoísmo latente em ter a palavra até ao fim. Sim, porque embora possa ser contestada, depois de escrita a nossa palavra está dita. Explicado da forma que melhor conseguimos ou quisemos, os outros que por acaso a lerem, irão ter de levar com ela assim.
Por entre muitas outras palavras eu tinha escrito mais papaias. No fundo, este post serve a minha consciência. Como não era um assunto pessoal, como não foi um desabafo momentâneo que posteriormente tivesse desejos de não voltar a ler, mas antes um sentimento podre de falta de qualidade na escrita decidi que era melhor remediar o meu erro. Isso e o facto de ter sido apanhada, claro.
1 Comments:
não fosse eu um jovem atento, ainda que desocupado... :p
a blogoesfera mais que um lugar de expansão do ego, é da expansão da imaginação. temos tempo, vontade e muito estranhamente (mesmo muito), um sentimento de obrigação, que nos leva a tentar criar coisas novas. a unica expansão do ego realmente digna desse nome, é quando se vê alguém comentar, que se nota não leu mais que um post e comentou apenas para dar um link ao seu blog e assim mostrar o seu blog
há demasiada gente por ai, que apenas lê o que escreve...
eu falo por mim :p
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