segunda-feira, novembro 21, 2005

Uma opinião legítima

Hoje, durante o bocadinho da minha manhã que "escolho" partilhar com a população da minha terra e "forasteiros" que decidem efectuar uma paragem na papelaria para se abastecerem de papelada imprimida, estive a ler o notícias magazine.
Acho que o que caracteriza, em grande parte, esta publicação semanal são os artigos de opinião, um escrito, inclusivé por um ex-professor meu, que sempre me pasmou nas aulas com a sua sabedoria, charme e voz melodiosa, isto até ao dia em que fiz um exame dele.
Animosidades à parte, geralmente as colunas de opinião levam-me a pensar nas razões pelas quais aqueles indivíduos são experts o suficiente nos assuntos sobre os quais escrevem para que eu queira conhecer as suas opiniões. No fundo, aquilo que, na maioria das vezes separa um indivíduo destes de um cidadão comum, é que, efectivamente, o primeiro pensou sobre o assunto que expõe, opinou e é-lhe dado crédito porque de alguma forma a sua formação vai de encontro, num qualquer nível, com o assunto em causa.
Agora, às vezes, o detentor destas escritas, aumenta os seus horizontes e opina sobre assuntos com a mesma legitimidade que eu. E neste sentido, ler uma destas colunas não difere muito de percorrer a blogosfera, parar num qualquer blog anónimo e ler um post. Afinal a legitimidade é a mesma e não é por estar imprimido que irá ter mais valor.
Às vezes fico a pensar que há por aí muito talento opiniativo do cidadão comum desperdiçado por entre as teias da blogosfera e que para dar uma opinião sobre a sexualidade dos outros também estou cá eu.
Isto tudo só acaba por reforçar a minha ideia de que, no fundo, grande parte das picardias políticas que atravessam a nossa sociedade são tão somente opiniões privadas de homens e mulheres que "controlam" a nossa vida. E a gente que se lixe...

PS: Tenho a ligeira sensação que vislumbro falta de ligações neste post...