Hoje passei pelo Porto. Tal como faço todas as semanas que venho a casa, passei pelas ruas do Porto. Passei pela ribeira e estive simplesmente a contemplar a água do Douro. Os rodopios da água, a superfície contorbada e a velocidade da corrente, a água escura e a paisagem da cidade que se afunda nas margens do rio. Estive todo a caminho a pensar que adoro o Outono e que gostava de me deixar levar pela força da água, não fosse o facto de ter a certeza que deve estar gelada...

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Em última instância, as pessoas são burras para perceber o que as fariam felizes. Sacrificam-se pelo que não devem porque consideram que a felicidade já lhes passou ao lado, e não se sacrificam pelo que devem porque se contentam com a "felicidade" que têm.
Depois existem aquelas pessoas que sabem o que as faria feliz mas não querem o trabalho de sustentar essa felicidade. Sim, porque a felicidade sustenta-se. A infelicidade é que não. Essa não precisa de ajuda. É o estado de graça do ser humano. Temos de lutar para ser felizes, porque nascemos infelizes, porque morremos infelizes, e se tivermos azar, numa altura da vida, deixamos de o ser.